Como alimentar o seu cãozinho da melhor forma é uma das dúvidas frequentes entre tutores, afinal queremos que nosso amigo viva por muito tempo, com saúde e conforto.
Os cães começaram a ser domesticados há cerca de 18 mil anos, no continente europeu, e a partir de então eles se tornaram uma das espécies mais bem adaptadas ao convívio com o ser humano.
Os pets são considerados parte da família, o que acaba gerando dúvidas em relação ao manejo nutricional adequado para cada fase da vida dos cãezinhos de forma a atender as necessidades que eles precisam para crescerem saudáveis e alcançarem desenvolvimento máximo, com a imunidade adequada.
Quem possui um cãozinho sabe, assim que você pegar algum alimento para comer, eles quase imediatamente já vêm pra perto com aqueles olhinhos apaixonados e pidões, salivando com o alimento.
Uma vez que os animais de estimação estão cada vez mais próximos de seus donos é comum que acabem oferecendo a mesma alimentação aos pets de forma errônea. Alguns alimentos humanos oferecem riscos para cães e gatos, mesmo que outras espécies animais também possam ingeri-los, isso devido às diferentes vias metabólicas, quantidades e concentrações consumidas.
ALIMENTOS
Os produtos mais comuns que causam intoxicação em cães são chocolate, café, doce que contenha xilitol, nozes, macadâmia, alho, cebola, uva, passas, leite e bebidas alcoólicas.
O chocolate é um alimento muito apreciado por humanos, e também pelos cães, mas a constituição do chocolate conta com substâncias que são tóxicas para o pet. Uma das substâncias mais significativas é a teobromina encontrada na manteiga de cacau, ingrediente com maior concentração no chocolate. Essa substância em especial é absolutamente nociva em excesso, podendo resultar em morte.
Além do chocolate, onde sua concentração é maior, ela também pode ser encontrada no café e bebidas à base de cola.
Quanto a café e chá, as intoxicações estão associadas a cafeína, que se assemelha a teobromina do chocolate. Ao ingerir a cafeína o cãozinho pode ficar hiperativo, ofegante, fraco, ter convulsões, aumentar sua frequência cardíaca, nos piores cenários pode entrar em coma ou até morrer.
Para tratar a intoxicação por algum desses alimentos deve-se encaminhar o pet ao veterinário para que as toxinas não absorvidas sejam eliminadas.
O xilitol é um açúcar frequentemente usado para substituir o açúcar comum em muitos produtos, como balas e gomas. Também pode ser encontrado em pães e vários vegetais e frutas como ameixas, morangos, framboesas, cogumelos e couve-flor.
Uma vez que ingerem alimentos que contenham xilitol os cães podem apresentar sinais depressivos, vômito, fraqueza e ataxia. A maioria desses sinais clínicos são secundários à hipoglicemia.
O tratamento é de suporte, intervindo nas alterações ocasionadas pela hipoglicemia.
Já a macadâmia, semente de um fruto obtido da árvore de macadâmia, tem seu princípio tóxico desconhecido, mas contém níveis tóxicos de certas substâncias que a compõem.
Os sintomas da intoxicação pela semente são fraqueza, vômito, hipertermia, depressão e também ataxia e paresia. Dor e edema dos membros pélvicos também são sinais clínicos da intoxicação por macadâmia.
Não existe antídoto e para tratar deve ser instituído o tratamento de suporte por seu veterinário de confiança.
Para os humanos a cebola é benéfica, e possui propriedades medicinais atribuídas a ela desde tempos mais antigos, todavia ela também possui componentes tóxicos que podem danificar as células vermelhas do sangue causando anemia hemolítica em mamíferos, entre outros problemas.
O alho, por sua vez, é considerado menos tóxico do que a cebola se usado com moderação, mas ainda pode ser tóxico se o consumo for exagerado.
O consumo de cebola e alho por cães mostrou alterações hematológicas clinicamente importantes e apresenta sinais clínicos como vômito, diarreia, desidratação, dor abdominal entre outros.
Também não apresentam antídoto e devem receber tratamento para diminuir os efeitos oxidativos e evitar lesão renal.
Uvas in natura ou passas podem causar lesão renal nos cães, de forma geral, se ingeridas em qualquer quantidade.
Os sintomas de intoxicação por esses alimentos usualmente se apresentam dentro de 6 horas após a ingestão, incluindo dor abdominal, diarreia, tremores, letargia entre outros sinais.
Para tratar é necessário procurar um profissional para realizar o tratamento adequado.
Quando se trata do abacate, todas as partes da planta são potencialmente tóxicas, inclusive para outros animais além dos cães como aves, ratos, bovinos, entre outras espécies.
A toxina fungicida encontrada no abacateiro, Persin, é provavelmente a causadora das intoxicações por esse alimento quando ingerida em quantidades maiores. Além da toxina mencionada, o teor de gordura do abacate também pode ser prejudicial, levando a pancreatite.
Os sinais clínicos observados são desde vômito e diarreia até edema pulmonar, dificuldade respiratória e pode levar a morte dentro de 24 horas após ingerido.
Não existe um tratamento próprio para a intoxicação por abacate, mas o veterinário poderá realizar o tratamento sintomático e de suporte.
Quanto a bebidas alcoólicas, elas por sua vez provocam depressão do sistema nervoso central e sistema respiratório por causa do etanol. É preciso procurar atendimento médico veterinário imediatamente.
O etanol (álcool etílico) é encontrado em bebidas, utilizado para limpeza doméstica e também em combustíveis.
Cães que ingeriram frutas podres também apresentaram intoxicação por etanol.
Os sinais clínicos incluem alterações comportamentais, ataxia, diminuição da frequência respiratória e parada cardíaca, o que pode levar a morte.
Por fim, o leite. Quando ingerem leite apresentam quadro clínico parecido com o de humanos que possuem intolerância a lactose, a diarreia. Portanto é preciso retirar esse alimento e seus derivados para que não ocorra o quadro de diarreia e a subsequente desidratação.
ALIMENTOS COMPLEMENTARES PARA SEU PET
A Papilio Flaia indica a ração Royal Canin Premium, uma ração de qualidade para auxiliar no crescimento e saúde do seu cãozinho. Mas se não quiser limitar seu pet a um só tipo de alimento você pode complementar com alguns alimentos que não farão mal a ele.
O arroz, sem tempero, frutas que não sejam ácidas como mamão, melancia e banana podem ser inclusas na alimentação do seu cachorro. Goiaba e kiwi também podem ser ingeridas pelos cães pois ajudam a combater diarreia e contribuem na digestão dos alimentos. Vegetais como batata e cenoura também são uma boa opção.
Se optar por carnes, é importante lembrar que elas devem ser sempre cozidas e sem tempero, como filés de peixe, carne suína e frango sem pele e sem osso.
É importante lembrar que mesmo os alimentos que não são prejudiciais aos cães e que não causam intoxicações, incluindo a ração devem ser dados em quantidades equilibradas respeitando a fase da vida do cachorro e suas características individuais.
A ração de qualidade já oferece os benefícios de uma “refeição completa”, mas se quiser oferecer uma alimentação composta unicamente por alimentos, lembre-se de consultar um veterinário para que sejam feitos os cálculos adequados para que seu cãozinho cresça saudável.
Para complementar os cuidados com a alimentação do seu amigo de quatro patas é importante estar atento aos outros tipos de cuidado que eles requerem. Para te ajudar nessa tarefa a Papilio Flaia publicou um blog com dicas de melhores cuidados com seu filhote para aplicar durante toda a vida do seu pet!